quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Aprovação de empréstimos hipotecários sobe para máximos de 20 meses no Reino Unido

A aprovação de empréstimos hipotecários no Reino Unido subiu, em
Agosto, para um máximo de 20 meses, uma vez que as actuais taxas de
juro a um nível recorde baixo ajudam a incentivar o mercado
imobiliário.
Os credores concederam 52.410 empréstimos para a compra de casa, em
Agosto, o número mais alto desde Dezembro de 2009.

Em Julho, o número de empréstimos concedidos foi de 49.644, de acordo
com os dados divulgados pelo Banco de Inglaterra. Os economistas
consultados pela Bloomberg tinham previsto que a aprovação de
empréstimos subisse para 49.700 em Agosto.

O Banco de Inglaterra manteve a taxa de juro em 0,5% este mês. A
Sociedade de Construção Nacional do Reino Unido disse hoje que a
manutenção da taxa de juro a um nível baixo deverá continuar a
sustentar a procura de habitações.

A Sociedade de Construção divulgou ainda que os preços das habitações
no Reino Unido praticamente não registaram alterações em Setembro, e
que os "riscos de queda" dos preços no mercado imobiliário tinham
crescido devido ao abrandamento económico.

"Há algumas boas notícias para o mercado imobiliário, tais como a
perspectiva de manutenção da taxa de juro no actual nível recorde
baixo, provavelmente, até 2013", disse Howard Archer, economista do
IHS Global Insight, à Bloomberg.

"Porém, continuo a pensar que os fundamentos económicos negativos irão
ultrapassar as taxas de juro baixas", concluiu o economista.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Taxa tobin poderá fazer com 70% a 90% do mercado de derivados desapareça da UE

A introdução de uma taxa sobre as transacções financeira poderá fazer
com 70% a 90% do mercado de derivados desapareça da União Europeia e
forçar a deslocalização do equivalente a 10% das transacções nos
mercados de capitais.

O impacto da medida hoje anunciada pelo presidente da Comissão
Europeia é avançado pelo "Financial Times", que cita o estudo de
impacto realizado a pedido de Bruxelas. A longo prazo, acrescenta o
estudo, o PIB europeu poderá recuar 1,8% por conta desta medida, caso
esta não seja aplicada em simultâneo noutros quadrantes do mundo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Solução da Roland Berger para a crise grega

Em resumo, a Roland Berger propõe a criação de uma holding europeia para comprar activos gregos como infraestruturas, imóveis, empresas públicas, etc. Os montantes da venda seriam aplicados na recompra de dívida pública contribuindo para a redução do rácio de endividamento grego.

Solução interessante. Mas provavelmente insuficiente.



«The most important component of the recovery proposal is the creation of a central holding company to take over Greek state assets, such as ports, airports, highways and real estate, worth a total of about 125 billion Euros. This holding would subsequently be sold to a European institution. Greece could then use the proceeds to repay its liabilities to the countries of the eurozone. Furthermore, the country could remove further bonds from the market by means of an EFSF program. The transaction is structured in such a way that a Greek default is ruled out. The plan would almost halve Greece's government debt in a short time from currently 145% to 88% of the gross domestic product (GDP) - without having to reschedule the country's debts.

To maximize the value of the privatized Greek state assets, the European fiduciary institution should invest an additional approx. 20 billion Euros to restructure the acquired state assets. In addition, it could avail itself of EU infrastructure funds for Greece amounting to 15 billion Euros. This would boost the prices that could be achieved when the individual assets are subsequently sold. "We anticipate a rapid surge in growth in the Greek economy as a side benefit of this program: instead of shrinking by 5% per annum as at present, Greece's GDP would grow by up to 5% a year," explains Markus Krall, Senior Partner at Roland Berger. "And this would in turn make sure that the state receives higher tax revenues." As a result, Greece's debt could be cut to the EU limit of 60% of GDP by 2025.

"Altogether," says Krall, "in one fell swoop, the country would escape from the debt trap, and a stimulus package would boost growth, create new jobs, and break the vicious circle of saving and shrinking. At the same time, this would also greatly reduce the costs - and the default risk - for the European partner countries. Simultaneously, it would make the European Central Bank's monetary policy more credible." »

Contratos futuros sobre a Euribor

Contratos futuros sobre a Euribor, para Dezembro, estão a ser
negociados próximo de 1%. Investidores antecipam corte de juros do BCE
É uma boa notícia para quem tem crédito à habitação. Os crescentes
sinais de abrandamento da economia europeia poderão levar o Banco
Central Europeu (BCE) a descer a taxa de referência da Zona Euro.
O primeiro corte pode acontecer já em Outubro, o que fará recuar as
Euribor. Os investidores colocam a taxa que serve de indexante nos
empréstimos em 1% no final de 2011.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cotadas obrigadas a explicar salários dos administradores

Quanto ganham os administradores, porquê, e qual a relação entre o
salário e os resultados da empresa: são explicações que as cotadas
serão obrigadas a dar aos seus accionistas, em Espanha.
O Governo espanhol quer obrigar as empresas a explicar publicamente a
relação entre a remuneração dos seus administradores e a evolução dos
resultados do grupo que chefiam. O projecto já foi apresentado com
carácter de urgência, pretendendo Zapatero vê-lo aprovado ainda
durante o próximo mês.

A notícia é hoje avançada pelo diário "El País", que refere que esta
iniciativa traduz um grande avanço em relação às práticas actuais.
Hoje em dia as cotadas estão obrigadas a publicar os salários
individualizados de cada um dos membros do conselho de administração,
sensivelmente como em Portugal. Contudo, com as futuras regras, além
do valor, terá de ser explicada a razão de ser dessa mesma
remuneração.

A relação entre o salário e os bónus recebidos e a evolução dos
resultados da sociedade passará a ter de ser explicada todos os anos,
detalhando-se, cada caso, "como as variações no rendimento da empresa
influenciaram a variação das remunerações dos seus administradores".

A informação tem de ser prestada num relatório a publicar até ao
quarto mês após o fecho de contas, e sujeita a votação por parte dos
accionistas, com carácter consultivo, detalha o diário espanhol.

In Negócios.pt

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Evolução do rácio de transformação de depósitos em créditos

O rácio de transformação de depósitos em créditos tem vindo a cair nos últimos meses. O processo de desalavancagem da economia portuguesa já iniciou.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Perdas com dívida de Portugal e Irlanda somam 20 mil milhões

Na Zona Euro, o FMI nota que as pressões da crise da dívida "ameaçam
reiniciar um ciclo adverso entre o sector financeiro e a economia
real".

As estimativas do FMI apontam para que o impacto directo da crise de
dívida soberana dos países europeus, nos bancos da União Europeia,
totalize já 200 mil milhões de euros desde o início da crise em 2010.

Esta estimativa não contempla as necessidades de reforço de capital,
nem a exposição dos bancos a outras entidades financeiras da região.
Incluindo as perdas relacionadas com o sector financeiro, as
expectativas do FMI apontam para que as perdas totais somem 300 mil
milhões de euros, quase o dobro do PIB português.

Deste total de perdas, que os bancos estão a reconhecer sobretudo
através de imparidades, amortizações e outras operações, 60 mil
milhões de euros dizem respeito à dívida soberana da Grécia. Incluindo
Portugal e Irlanda, as perdas avançam para 80 mil milhões de euros,
enquanto se for incluída a dívida soberana da Bélgica, Espanha e
Itália (países afectados mais tarde pela pressão dos mercados), o
impacto directo na banca europeia sobe para 200 mil milhões de euros.

Os restantes 100 mil milhões de euros (para perfazerem os 300 mil
milhões de euros) de impacto directo e indirecto, dizem respeito às
perdas que os bancos da União Europeia perderam nas instituições
financeiras dos países da região.

"Apesar de estes números serem baseados nas avaliações de mercado do
risco de crédito, pelo que podem estar sobrevalorizados, mostram que
os problemas são reais", refere o FMI.

Além disso, "aumentam o risco de ocorrer uma desalavancagem mais
severa, contracção no crédito e arrastamento económico, a menos que
sejam tomadas medidas adequadas para contrariarem as origens do risco
soberano", refere o FMI, apelando por isso a estratégias de
consolidação orçamental credíveis.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Banco chinês deixa de aceitar participar em transacções com um conjunto de bancos europeus

O Banco de China, uma das instituições mais activas neste mercado,
notificou os bancos na semana passada e a partir de ontem,
segunda-feira, deixou de aceitar participar em transacções com um
conjunto de bancos europeus. Além dos bancos franceses, que têm estado
sob pressão nas últimas semanas devido às dificuldades de
financiamento e à exposição à dívida grega, foi também afectado o UBS,
que se viu envolvido num escândalo de fraude de mercado.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mercado imobiliário manteve um desempenho de descida

A consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) revelou o seu
relatório relativo ao Outono de 2011, segundo o qual o mercado
imobiliário manteve um desempenho de descida, causado pela situação
económica e incerteza política que caracterizou a primeira metade do
ano.

No referido relatório pode ler-se: "no primeiro semestre do ano, os
efeitos da difícil situação económica que o país atravessa foram
vividos em todas as vertentes do mercado imobiliário". Todas as
vertentes analisadas pela C&W (investimento imobiliário, mercado de
retalho, mercado de escritórios e imobiliário industrial) revelaram
comportamentos negativos, tendo, em alguns casos, sido registados
mínimos históricos.

No mercado de retalho, a consultora destaca as quebras no volume de
negócios, que se verificam "desde 2008", e destaca o "cada vez maior
distanciamento" entre os valores de volume de negócios alimentares e
não alimentares. No relatório, pode igualmente ler-se que os "efeitos
do imposto extraordinário deverão trazer o índice para valores muito
reduzidos no final de ano"

Destaque igualmente para a retracção da oferta com os números de nova
Área Bruta Locável (ABL) a descerem. No primeiro semestre abriram
apenas dois novos espaços (Fórum Sintra e Aqua Portimão). No que toca
à distribuição da AABL, o destaque vai para os centros comerciais, que
concentram 83% da ABL actual, e para os "Outlets" que, segundo a C&W,
apresentam "maior valorização", beneficiados pelo "factor preço".

No mercado dos escritórios, o primeiro semestre registou nova quebra,
atingindo mesmo "novo mínimo histórico". A área média dos negócios
celebrados neste segmento foi de 268 metros quadrados, o que equivale
a "quase metade do valor de 2010". No primeiro semestre, ouve apenas
três negócios acima dos mil metros quadrados.

Já no que toca ao investimento imobiliário, a C&W refere que o mercado
de investimento imobiliário em Portugal continuou a refletir os
efeitos da crise económica vivida no país". O relatório prossegue
identificando as causas concretas para o desempenho abaixo das
expectativas: "as duras condições de financiamento e as dúvidas quanto
à sustentabilidade das contas públicas nacionais tiveram, no primeiro
semestre do ano, um forte impacto na actividade de investimento
imobiliário".

No investimento imobiliário total verificou-se uma "quebra de 30% face
ao primeiro semestre de 2010", fruto de 185 milhões de euros
transaccionados – um "dos volumes mais baixos da década". O valor do
negócio médio cifrou-se nos 7,4 milhões de euros, quando a média da
última década está fixada nos 18 milhões de euros.

Crescimento da dependência da banca portuguesa face ao BCE

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Depositantes serão credores privilegiados da banca

«Os depositantes cujas aplicações estejam abrangidas pelo Fundo de
Garantia de Depósitos e pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola
Mútuo, vão passar a ser credores privilegiados dos bancos, em caso de
resolução (liquidação) de uma instituição financeira. Esta é uma das
garantias adicionais de que os clientes bancários vão beneficiar, de
acordo com a nova legislação sobre saneamento e liquidação de bancos
que o Governo pretende aprovar, no âmbito dos compromissos assumidos
junto da troika internacional.»

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Revisão do regime da falência e liquidação de instituições financeiras.

A falência e a liquidação das instituições financeiras sujeitas a
supervisão do Banco de Portugal vai ter o regime revisto. A proposta
visa promover a estabilidade do sector financeiro e uma maior
protecção dos depositantes, designadamente mediante a atribuição de
meios de intervenção acrescido ao Banco de Portugal, a criação de um
fundo de resolução e a atribuição de privilégios creditórios aos
fundos de garantia.

Medidas de liquidez dos mercados de capitais

Quais são as principais medidas de liquidez de um mercado? Quando
pensamos em medidas de liquidez lembramo-nos quase automáticamente do
volume de negócios, valor das transacções, número de negócios ou do
próprio turnover ratio.

Porém, existem outros indicadores de liquidez utilizados por
profissionais, conhecidos por serem indicadores de price impact. Entre
esses indicadores constam o bid-ask spread, o Lhh, o indicador de
iliquidez de Amihud e o Market Efficiency Coefficient.

Um artigo interessante que aborda as vantagens e desvantagens de cada
um pode ser encontrado em:

http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2002/wp02232.pdf

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Venda de empréstimos ao estado pela banca em equação

«Os bancos portugueses deverão ser incentivados a vender empréstimos
contraídos pelo Estado a investidores estrangeiros, reduzindo a sua
carteira de crédito e ganhando folga para financiar a economia. De
acordo com o relatório intercalar do Fundo Monetário Internacional
(FMI), divulgado ontem ao final do dia, "as autoridades partilharam
algumas ideias sobre como facilitar a venda de alguns empréstimos a
empresas públicas e crédito imobiliário a investidores estrangeiros".
Apesar de não ser revelada uma medida concreta, o documento revela que
tal poderia ser feito, "por exemplo, criando uma agência de gestão de
activos". O objectivo é avançado logo de seguida: "providenciar aos
bancos margem para emprestar a outros sectores".»

In DE

Mas estarão os bancos disponíveis para reconhecer as imparidades dessas vendas?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

BCP, BPI e CGD têm 1,6 mil milhões em dívida da Grécia

Num cenário de falência da Grécia, o BPI é o banco que mais impacto
sofre no capital, seguido do BCP.

Um cenário de falência da Grécia não é dramático para os bancos
portugueses. Sobretudo tendo em conta que nunca será contemplado um
cenário de 100% de incumprimento - sempre que um país vai à falência
há uma renegociação da dívida a prazo, o que se traduz num 'hair-cut'
que pode chegar aos 50%.

No entanto haverá algum impacto negativo nos rácio de capital do BPI,
BCP e da CGD, se a Grécia entrar em incumprimento. Estes bancos têm,
no total, 1,65 mil milhões de euros de títulos de dívida pública grega
(valores brutos, sem contemplar as reservas constituídas para as
desvalorizações sofridas).

O banco que mais sentirá o impacto do hipotético incumprimento da
Grécia é o BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich tinha, em Junho
de 2011, 683 milhões de euros em dívida grega. E como os seus activos
ponderados pelo risco somavam 25,165 mil milhões de euros, o impacto
no rácio de 'core capital', se a Grécia não pagar nada, chega a 2,71%
baixando o capital de 9,1% para 6,4%. Isto poderia assim implicar que
o BPI tivesse de fazer aumentos de capital ou recorrer ao fundo de
recapitalização do Estado para cumprir a meta de 9% de 'core capital'
que neste momento já cumpre.


In DE

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

De 2030 para 2012 ou pouco mais

Notícia do i-online: http://www.ionline.pt/conteudo/148724-fundo-da-seguranca-social-ja-so-chega-nove-meses-pensoes

«Contudo, as contas da segurança social nunca foram cabalmente transparentes nem sobre a proveniência das receitas nem sobre a forma como as verbas são gastas. Os números só não são mais graves porque os activos nunca serão vendidos antes do fim do prazo de maturidade das Obrigações do Tesouro. Mas se o cenário piorar com a crise internacional, de tal forma que obrigue Portugal a reestruturar a sua dívida, como aconteceu na Grécia, então os detentores de títulos de longo prazo da dívida nacional, incluindo o fundo da Segurança Social, vão perder parte do seu investimento. »

O maior esquema de Ponzi da história portuguesa poderá rebentar mais depressa do que se pensa. Tal como em outras áreas da nossa economia, a lógica de investimento do esforço dos portugueses pelos políticos demonstrou ser incorrecta.

Nada me move contra o sistema público de pensões, mas quando a informação não é transparente, quando os interesses políticos se sobrepõem aos interesses dos contribuintes ou quando não há uma relação estreita entre as contribuições e as futuras pensões temos todos os ingredientes para uma falência do sistema. Para quando um sistema público de pensões que contemple os descontos dos contribuintes sob a forma de unidades de conta, em que o seu esforço e mérito se encontre relacionado com a sua pensão futura?

Site da semana

O site da semana é:

http://sites.google.com/site/financialmodelingtools/

Neste site poderá encontrar inúmeras aplicações relacionadas com a
avaliação de obrigações, estrutura temporal das taxas de juro,
interest rate swap e VaR.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Desblindagem de estatutos depende sempre dos accionistas

A proposta para a desblindagem de estatutos em caso de OPA está a
lançar a polémica. No entanto, os meios defensivos anti-OPA (limitação
dos direitos de voto e acordos parassociais sobre transmissibilidade
de acções) não caem de imediato assim que é lançada uma OPA sobre a
empresa que tem estes mecanismos.

Ao invés, quem lança a OPA terá o direito, se conseguir comprar dois
terços do capital da visada, de convocar uma assembleia-geral de
accionistas para se pronunciar sobre a queda dos mecanismos
defensivos. Nessa AG os meios defensivos - nomeadamente a limitação
dos direitos de voto - não é eficaz, pelo que cada accionista,
nomeadamente o que lançou a OPA, pode votar com todo o capital que
tiver.

E é nessa AG que os accionistas podem, ou não alterar os estatutos. Ou
seja, caso a proposta de anteprojecto venha a ser aprovada, as medidas
defensivas não caem assim que surge uma oferta, mas caso o oferente
consiga dois terços do capital pode convocar uma AG para que todos os
accionistas decidam se querem ou não acabar com a blindagem de
estatutos. O limite de dois terços para convocar essa AG específica,
neste caso, pode até ser inferior, caso os estatutos das empresas o
prevejam.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lista dos títulos preferidos dos fundos portugueses

Peso de cada acção relativamente aos montantes investidos no mercado nacional:
BES 25,0%
E.SANTO FINANCIAL GROUP 8,3%
GALP 8,3%
ZON MULTIMÉDIA 6,3%
SONAECOM SGPS 5,1%
SEMAPA, SGPS 4,6%
BRISA 4,5%
EDP 4,1%
CIMPOR 3,9%
JERÓNIMO MARTINS, SGPS 3,8%

Alguém me consegue explicar como é que as acções do Grupo Espírito Santo representam 1/3 dos montantes investidos em acções nacionais, superando o investimento noutras empresas com maior capitalização bolsista como a PT ou EDP?

"Fundo de Compensação do Trabalho" com regime idêntico aos PPR's?

Estão previstas três modalidades para o regime de gestão do novo
Fundo de Compensação do Trabalho:
- fundo de investimento mobiliário;
- fundo de pensões;
- e fundo autónomo de uma modalidade de seguro do ramo "Vida".

Instituições Financeiras estarão interessadas?

O mercado imobiliário espanhol continua a dar sinais de crise profunda

A venda de casas em Espanha caiu 40,8% no segundo trimestre do ano,
face ao período homólogo em 2010, com cerca de 90.700 operações,
segundo os dados divulgados pelo Ministério do Fomento.

Os dados confirmam a desaceleração do sector, que já no primeiro
trimestre do ano tinha registado uma descida de mais de 30% nas
vendas, face a igual período em 2010.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dados Euribor

Quem tem crédito à habitação muitas vezes encontra dificuldades para aceder ao valor do indexante do seu empréstimo. Pois bem, o Banco de Portugal divulga mensalmente os valores médios mensais da Euribor nas suas várias vertentes temporais. Para o mês de Agosto os valores podem ser encontrados em:

http://clientebancario.bportugal.pt/pt-PT/TaxasdeJuro/Paginas/IndexanteEuribor.aspx

A remuneração dos profissionais da banca em Portugal

A Michael Page divulgou recentemente um estudo das remunerações dos profissionais da banca em Portugal. O estudo pode ser encontrado em:

http://www.michaelpage.pt/productsApp_pt/comunicacion/estudios/ER_Banking.pdf

As remunerações encontram-se segmentadas por área/função e experiência, sendo disponibilizadosos  valores máximos e mínimos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Standard and Poor's ameaça dar 'rating' especulativo a eventuais "eurobonds"

"Se tivéssemos uma obrigação europeia garantida a 27 por cento pela Alemanha, a 20 por cento por França e a dois por cento pela Grécia, a notação de risco [rating] seria, nesse caso de CC, ou seja, a notação da Grécia", afirmou Moritz Krämer, chefe da divisão europeia da S&P, citado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.


Ou seja, as Eurobonds são categorizadas pelo mínimo denominador comum em matéria de rating de crédito. Significa isto que para se atingir o rating AAA as obrigações têm de ser garantidas a 100% por França e pela Alemanha?

«Muitos bancos europeus não sobreviveriam à reavaliação das carteiras de dívida pública»

 “muitas entidades não sobreviveriam se tivessem de reavaliar as suas carteiras de dívida soberana a preços de mercado”.
Josef Ackermann, CEO do Deutsche Bank


“Tudo isto me faz lembrar o Outono de 2008, apesar de o sector bancário europeu estar significativamente mais bem capitalizado e menos dependente do financiamento de curto prazo”, salientou Ackermann, citado pela Bloomberg. Além disso, as suas carteiras têm menos activos tóxicos e a gestão dos riscos melhorou. No entanto, o presidente executivo do maior banco alemão prevê um longo período de dificuldades para o sector.


Não se pode chamar activo tóxico à dívida soberana de alguns países da zona Euro, como a Grécia?

Fará sentido YTM das obrigações do Tesouro grego acima dos 50%?

Vejamos então se os mercados estão a ser racionais. Se uma Obrigação
de Cupão Zero de valor nominal 100 emitida pela Grécia a dois anos
vale hoje 44,4 então o mercado está a antecipar um hair cut próximo de
50%.

A Grécia tem um rácio de dívida pública superior a 150%. Qual será o
rácio de dívida pública em % do PIB que a Grécia terá que alcançar que
permite tornar as finanças públicas gregas sustentáveis? Com um hair
cut de 50% a Grécia ficaria, ainda assim, a dever a terceiros 75% do
PIB, um valor bastante elevado se tivermos em consideração a taxa de
crescimento potencial do PIB grego e as taxas de juro que lhe seriam
cobradas, mesmo no âmbito do acordo com o FMI.

Assim sendo, os mercados não estarão a ser irracionais.

No entanto, porque não considerar colocar o FEEF a comprar dívida
grega no mercado secundário e proceder à sua restruturação?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Volatilidade do índice de mercado português

Comparando a volatilidade do índice PSI-20 em Agosto de 2011 com Agosto de 2010, salta à vista uma variação «colossal». Um aumento de quase 15 p.p..
São várias as explicações para este aumento de volatilidade. Algumas devem-se a factores importados (os mercados internacionais também registam aumentos de volatilidade, em particular os europeus e o sector bancário), mas outros são endógenos à economia portuguesa.

Google Finance

O google finance permite obter cotações dos títulos. Para quem tem uma conta google, é mesmo possível guardar  os tickers dos títulos na sua conta e consultar as suas cotações sempre que se pretender. Para quem não tem acesso à Bloomberg trata-se de uma solução rápida e económica para aceder ao valor do seu portfólio.

"Situação é hoje pior do que em 2008"

Quem e o diz é Roubini. E porquê? "a situação é hoje pior do que em
2008, olhando para os últimos dados é "optimista" pensar que as
economias mais desenvolvidas poderão evitar nova recessão".

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como funciona o short selling

Dados acerca do short selling

Nos últimos dias muito se falou da proibição das vendas a descoberto em alguns países. Para falar da justeza e eficácia da medida seriam necessários estudos. Porém, existem muitos poucos dados dísponíveis acerca desta práctica de mercado.

O site http://shortsqueeze.com/ShortFileSamples/SampleShortFile.php publica alguma informação acerca desta matéria, pese embora nem toda essa informação seja gratuita.