terça-feira, 13 de setembro de 2011

BCP, BPI e CGD têm 1,6 mil milhões em dívida da Grécia

Num cenário de falência da Grécia, o BPI é o banco que mais impacto
sofre no capital, seguido do BCP.

Um cenário de falência da Grécia não é dramático para os bancos
portugueses. Sobretudo tendo em conta que nunca será contemplado um
cenário de 100% de incumprimento - sempre que um país vai à falência
há uma renegociação da dívida a prazo, o que se traduz num 'hair-cut'
que pode chegar aos 50%.

No entanto haverá algum impacto negativo nos rácio de capital do BPI,
BCP e da CGD, se a Grécia entrar em incumprimento. Estes bancos têm,
no total, 1,65 mil milhões de euros de títulos de dívida pública grega
(valores brutos, sem contemplar as reservas constituídas para as
desvalorizações sofridas).

O banco que mais sentirá o impacto do hipotético incumprimento da
Grécia é o BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich tinha, em Junho
de 2011, 683 milhões de euros em dívida grega. E como os seus activos
ponderados pelo risco somavam 25,165 mil milhões de euros, o impacto
no rácio de 'core capital', se a Grécia não pagar nada, chega a 2,71%
baixando o capital de 9,1% para 6,4%. Isto poderia assim implicar que
o BPI tivesse de fazer aumentos de capital ou recorrer ao fundo de
recapitalização do Estado para cumprir a meta de 9% de 'core capital'
que neste momento já cumpre.


In DE

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