segunda-feira, 30 de abril de 2012

BlackRock, Norges Bank e BNP Paribas

São várias as gestoras de activos internacionais que continuam a
investir no mercado accionista português, apesar do agravamento da
percepção do risco sobre o país no último ano. BlackRock, Norges Bank
e BNP Paribas são as que têm mais dinheiro investido nas cotadas
nacionais. No total, os fundos de investimento estrangeiro detêm
posições avaliadas em 5,2 mil milhões de euros, no PSI-20.

Fundo da Segurança Social vai poder investir na banca independentemente do risco

Portaria hoje publicada elimina as restrições ao investimento em
dívida privada. Medida vai vigorar durante todo o período de
assistência financeira e é retroactiva a Janeiro de 2012.
O Governo eliminou restrições ao investimento do Fundo de
Estabilização Financeira na Segurança Social (FEFFS) em dívida
privada, que estava até aqui condicionado ao "rating" das
instituições.

"Pretende-se suspender, temporariamente, as restrições previstas no
actual Regulamento de Gestão do Fundo no que se refere à classificação
de risco das instituições bancárias nacionais", explica o Governo na
portaria que hoje foi publicada em Diário da República.

A portaria elimina a norma do regulamento que estabelecia que a
composição do FEFSS deve observar o limite máximo de 40% em "títulos
representativos da dívida privada, com a condição do rating dos
emitentes não ser inferior a BBB-/Baa3 ou equivalente ("investment
grade)", o que inclui emissões de papel comercial, acções
preferenciais, unidades de participação em instrumentos de
innvestimento colectivo ou outros instrumentos financeiros
representativos de dívida privada.

Os principais bancos portugueses estão neste momento com uma
classificação abaixo dos limites que estavam definidos nesta norma do
regulamento. Na sequência das sucessivas descidas do "rating" da
República, também a banca passou a ter uma classificação ao nível de
"lixo".

Esperemos assim que não haja mais nenhum caso BPN ou o que sobra do
Fundo de Estabilização da Seg. Social não chegará a 2020.

domingo, 29 de abril de 2012

Procura de escritórios e lojas diminuiu 50% num ano - associação de mediadores

A procura de espaços para pequenos negócios desceu 50% desde maio de 2011, apontou à Lusa o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Luís Lima afirmou que a crise no mercado imobiliário afeta sobretudo escritórios e lojas, enquanto no caso do arrendamento de casas para habitação há maior procura do que oferta "devido às dificuldades de acesso ao crédito" para comprar.

"A procura de lojas e escritórios no último ano, desde maio, diminuiu 50% mesmo em Lisboa e no Porto", disse.

Tribunal diz que entrega da casa ao banco salda toda a dívida

É uma decisão inédita da justiça portuguesa e foi tomada por um juiz do Tribunal de Portalegre. O magistrado decidiu que em caso de incumprimento, a entrega da casa ao banco liquida toda a dívida.

A sentença, divulgada neste sábado pelo Diário de Notícias e que já transitou em julgado, é de Janeiro deste ano e pode, segundo o mesmo jornal, fazer toda a diferença para muitas das famílias portuguesas que não conseguem pagar os empréstimos contraídos para a aquisição de habitação própria.

De acordo com o juiz de Portalegre, "há um enriquecimento injustificado" por parte dos bancos quando, após a entrega da casa ao banco (dação em pagamento), as instituições de crédito avaliam e adquirem a casa abaixo do valor dessa avaliação, exigindo, como contrapartida, a diferença entre o valor da avaliação e a venda ao próprio banco pelo preço estipulado por estes últimos.

Dito de outro modo: até aqui, quem pede um empréstimo e falha as suas obrigações era obrigado a pagar ao banco a diferença entre o valor da avaliação e o preço aplicado na venda do imóvel ao banco. E é esta regra que o juiz considerou um "enriquecimento injustificado" do banco.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Agência europeia de notação financeira

A empresa alemã de consultoria Roland Berger anunciou hoje, em
comunicado, a criação próxima de uma agência europeia de notação
financeira, depois de negociações com o sector financeiro terem
garantido compromissos suficientes aos investidores.
Há muito que a Roland Berger desenvolve esforços para a criação de uma
empresa europeia de 'rating', independente dos governos, o que
representa uma mudança num mercado que é visto como sendo dominado
pelos norte-americanos.

A empresa garantiu hoje, através de um comunicado, que "uma agência
global de 'rating', de origem europeia, está em vias de ser

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Barclays cortou e Deutsche Bank reforçou exposição à dívida portuguesa

Banco britânico tem agora pouco mais de 700 milhões de euros em dívida
portuguesa. O montante detido pelo Deutsche Bank até aumentou no
primeiro trimestre, mas é bem inferior.
O Barclays reduziu a sua exposição à dívida pública dos países
periféricos da Europa em 16% no primeiro trimestre deste ano, sendo
que o corte em dívida portuguesa foi de dimensão superior.

De acordo com o relatório dos resultados trimestrais do banco
britânico, a redução da exposição à dívida de Espanha, Itália,
Portugal, Irlanda e Grécia foi de 16%.

Entre os países analisados, Portugal foi o país onde o Barclays mais
cortou a exposição. A descida foi de 27% para 600 milhões de libras
(733 milhões de euros).

A exposição à dívida espanhola desceu 15% para 2,2 mil milhões de
libras (2,68 mil milhões de euros), enquanto à italiana caiu 14% para
3 mil milhões de libras (3,66 mil milhões de euros). Na Grécia o
Barclays diz que tem uma exposição mínima, enquanto na Irlanda baixou
11% para 5,1 mil milhões de libras (6,23 mil milhões de euros).

Também hoje o Deutsche Bank apresentou os seus resultados e revelou a
exposição a dívida soberana. A exposição directa a Portugal situava-se
em 212 milhões de euros no final de Março, acima dos 116 milhões de
euros no fim de 2011.

A exposição líquida do banco alemão à dívida soberana de Portugal
(descontando a cobertura efectuada através de CDS) é de 189 milhões de
euros, quando no final de 2011 até apresentava um valor negativo (o
valor coberto era superior ao realmente detido).

Tendo em conta os cinco países periféricos (Grécia, Irlanda, Itália,
Portugal e Espanha), a exposição directa do Deutsche Bank a dívida
soberana desceu no primeiro trimestre, passando de 1,95 mil milhões de
euros no final de 2011, para 1,84 mil milhões de euros no fim de
Março.

Além de Portugal, o Deutsche Bank apenas reforçou a exposição à dívida
pública da Irlanda e Espanha.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Fitch cortou "rating" da Nokia para "lixo"

A agência de notação financeira justificou a sua decisão com a
deterioração do negócio de telemóveis da empresa finlandesa no
primeiro trimestre no ano e com a "falta geral de visibilidade". O
"rating" de longo prazo da Nokia foi cortado em um nível para "BB+", o
nível mais alto da classificação de "lixo", de acordo com a Fitch. A
Fitch manteve as suas perspectivas negativas para a empresa e declarou
que poderá reduzir novamente o "rating" da Nokia se as receitas da
sede da empresa, na cidade de Espoo, não estabilizarem e as margens
operacionais não ficarem positivas.
Na semana passada, a Moody's cortou o "rating" da Nokia para um nível
acima de "lixo". A agência de notação finaceira cortou o "rating" na
finlandesa para o último patamar do nível de investimento (Baa3).
Na origem do corte a agência alegou as dificuldades reveladas pela
empresa finlandesa em competir com gigantes como a Apple ou a Samsung.

Price to book value das acções portuguesas




 Price to Book Value/Share Price to Book Value/Share
 Altri                                                      1,60    Martifer                                       0,36  
 BPI                                                      0,84    Média Cap.                                       0,97  
 BCP                                                      0,21    Mota-Engil                                       0,75  
 BES                                                      0,25    Novabase                                       0,74  
 BANIF                                                      0,09    Orey                                       0,49  
 Brisa                                                      0,96    PT                                       1,21  
 Cofina                                                      3,32    Portucel                                       1,10  
 Cimpor                                                      1,85    REN                                       1,07  
 EDP                                                      0,93    Reditus                                       1,25  
 EDP-R                                                      0,53    Soares Costa                                       0,26  
 ESFG                                                      0,46    Semapa                                       0,56  
 GALP                                                      3,04    Sonae Com                                       0,43  
 Glint                                                      0,08    Sonae Cap.                                       0,15  
 Ibersol                                                      0,74    Sonae Ind.                                       0,33  
 Impresa                                                      0,54    Teixeira Duarte                                       0,34  
 Inapa                                                      0,14    Sonae                                        0,56  
 JM                                                      8,47    Zon                                       3,38  

PRINCIPAL FATOR LIMITATIVO DO INVESTIMENTO EM PORTUGAL

A deterioração das perspetivas de venda, seguida do crédito bancário exíguo são as principais condicionantes do investimento em Portugal para 2012 segundo inquérito do INE.


PRINCIPAL FATOR LIMITATIVO EM 2012 (a)
          
CAE-Rev.3INSUFICIÊNCIA DA CAPACIDADE PRODUTIVADETERIORAÇÃO DAS PERSPETIVAS DE VENDADIFICULDADE DE CONTRATAR PESSOAL QUALIFICADONÍVEL DA TAXA DE JURORENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOSCAPACIDADE DE AUTO FINANCIAMENTODIFICULDADE EM OBTER CRÉDITO BANCÁRIOMERCADO DE CAPITAISOUTROS
          
Indústrias Extrativas (Secção B)1,363,50,014,61,316,21,60,01,6
Indústrias Transformadoras (Secção C)5,154,81,42,614,58,910,40,32,0
Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (Secção D)0,014,80,00,021,210,628,00,025,4
Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição (Secção E)13,612,70,05,717,821,013,20,016,0
Construção (Secção F)0,363,50,02,78,09,613,20,02,5
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos (Secção G)0,068,00,02,013,13,310,40,03,4
Transportes e armazenagem  (Secção H)0,539,00,01,64,922,830,10,01,0
Alojamento, restauração e similares (Secção I)0,056,90,74,025,57,74,70,00,4
Atividades de informação e comunicação (Secção J)0,044,80,00,236,28,66,50,03,8
Atividades financeiras e de seguros (Secção K)2,119,90,00,08,91,625,80,041,7
Atividades imobiliárias (Secção L)11,753,10,00,00,023,511,70,00,0
Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (Secção M)3,453,10,00,010,48,112,40,512,1
Atividades administrativas e dos serviços de apoio (Secção N)1,667,10,03,77,56,18,30,05,7
TOTAL1,859,80,42,312,97,711,50,13,5
          
(a) Percentagem de empresas que aponta cada um dos fatores limitativos de entre o universo das empresas que manifestou limitações ao investimento

Fonte INE

Fontes de financiamento das empresas em Portugal

As empresas portuguesas cada vez mais têm que recorrer ao auto financiamento e a fundos próprios. Os mercados de capitais estão fechados para as PME, ao passo que o crédito bancário é cada vez mais exíguo.

       
ESCALÕES DE PESSOAL AO SERVIÇOFONTES DE FINANCIAMENTO (a)
AUTO FINANCIAMENTOCRÉDITO BANCÁRIOAÇÕES E OBRIGAÇÕESEMPRÉSTIMOS DO ESTADOFUNDOS DA UE  OUTROS
1º (49)59,631,00,00,73,05,7
2º (50-249)46,527,10,00,68,717,0
3º (250-499)70,716,40,00,76,16,2
4º (500)63,125,70,70,22,87,6
TOTAL59,125,70,30,44,99,6

Fonte INE