segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agências dão melhor "rating" a quem paga mais

As agências de "rating" tendem a ser mais optimistas quanto à dívida
das empresas, a quem cobram mais do que aos Estados.
As agências de "rating", nomeadamente as três norte-americanas
dominantes, sempre afirmaram que têm um critério único para avaliar
todos os tipos de activos de crédito. Todavia, um estudo das
Universidades do Illinois e de Houston vem demonstrar que dívida de
Estados, de empresas ou produtos estruturados recebem tratamentos
diferentes. As agências tendem a dar piores notações aos Estados e aos
emitentes municipais, precisamente aqueles a quem cobram menos pelo
serviço.

Os três académicos que elaboraram o estudo "Credit Ratings Across
Asset Classes: A=A?" partiram dos "ratings" da Moody's para concluir
que as obrigações emitidas por países ou cidades, a quem são cobrados
"honorários" inferiores em cerca de metade face às das empresas, são
analisadas "de forma mais dura".

Enquanto que Estados com "rating" "A" não tiveram quaisquer situações
de incumprimento ao longo de um período de análise de 30 anos, cerca
de 1,8% da dívida de empresas e 27,2% dos activos colateralizados por
créditos hipotecários entraram em "default", sendo que esses contavam
com a mesma notação "A".

Os académicos constataram também que a dívida empresarial, que em
média recebe um "rating" inicial de "Baa2", tem uma probabilidade de
30% de vir a ser revista em baixa e 20% de ser revista em alta. Já os
emitentes soberanos têm três vezes mais probabilidades de ver os seus
"ratings" revistos em alta do que em baixa.

O estudo argumenta que essas divergências podem estar relacionadas com
os valores cobrados a cada tipo de emitente. Para dar um "rating" a
uma emissão de 500 milhões de dólares por uma empresa, a Moody's cobra
cerca de 250 mil dólares. Já se for, por exemplo, um Estado
norte-americano a emitir o mesmo montante em dívida, a Moody's cobra
menos de metade, algo como 115 mil dólares.

sábado, 29 de outubro de 2011

Haircut da dívida é um “evento de crédito”

A agência de notação financeira Fitch defende que a participação do
sector privado numa operação de reestruturação da dívida grega, como
uma operação de 'haircut', será reconhecida como um "evento de
crédito".

Esta decisão deverá ter fortes repercussões ao nível do mercado dos
'credit default swaps' (CDS), dado que uma situação de 'default'
permitirá aos seus detentores accionarem estes instrumentos
financeiros, que os seguram de um eventual incumprimento do emitente
obrigacionista.

Segundo estimativas da DTCC, uma instituição que opera como
intermediário na negociação destes contratos, o montante actual de
'contract default swaps' (CDS) líquidos em negociação sobre obrigações
gregas é de 2.617 milhões de euros.

Contudo, este montante poderá, mesmo assim, não ser exercício. Isto
porque, segundo David Geen, director executivo da associação
internacional de derivados e 'swaps' (ISDA), poderá dar-se o caso de
mesmo numa situação de 'default' das obrigações declarada pelas
agências de 'rating' os CDS sobre esses títulos poderem não ser
exercidos.

Este cenário poderá ocorrer porque os critérios utilizados pelas
agências de 'rating' para classificarem as obrigações são diferente da
utilizada pelo mercado obrigacionista e diferente da utilizada na
avaliação dos CDS.

Ainda ontem, a ISDA referiu que se "o perdão da dívida grega" for
verdadeiramente voluntário por parte dos investidores, o 'haircut' não
será considerado um "evento de crédito". Se assim for, é provável que
os CDS não sejam accionados, apesar de as agências de 'rating' terem
uma opinião contrária

Angolanos que invistam em empresas cotadas ficam isentos

O novo Orçamento concede isenção às mais-valias conseguidas por
investidores. No ano em que sobe IRS, IMI e IVA, o Governo aposta tudo
na atracção de investimento estrangeiro. Angola é um exemplo.

Parece que este governo tem um problema com os investidores e
trabalhadores portugueses. Privatizações são para estrangeiros,
Benefícios fiscais só para estrangeiros.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Banco de Portugal penaliza rácios dos bancos que ofereçam "superdepósitos"

Aplicações que ofereçam um juro 300 pontos superior ao do mercado vão
ser penalizadas nos rácios de capital. Esta medida entra em vigor a 1
de Novembro.
O Banco de Portugal vai travar a escalada dos juros nos depósitos a
prazo. Aprovou hoje medidas nesse sentido, que passam por obrigar a
uma dedução aos fundos próprios dos bancos que pratiquem taxas que
superem em 300 pontos base os juros do mercado.

Passou a estar prevista "uma dedução aos fundos próprios que relevam
para o cômputo do rácio 'core Tier 1', em relação com os depósitos
contratados com taxa de remuneração acima de um dado limiar", refere o
regulador.

As instituições financeiras que praticarem juros acima da "taxa de
mercado monetário interbancário da moeda adicionado de um 'spread' de
300 pontos base" vão ser penalizados, de acordo com o Banco de
Portugal.

"O montante a deduzir a fundos próprios será calculado em função do
montante dos depósitos" com remuneração acima deste limiar, "dos
respectivos prazos e do diferencial da taxa de remuneração face a esse
limiar", sublinha.

O Banco de Portugal diz que "esta nova disposição abrange as
instituições de crédito sedeadas em Portugal autorizadas a captar
depósitos, bem como as sucursais", incidindo sobre operações de
"depósito realizadas ou renovadas a partir de 1 de Novembro".

Com esta medida, o regulador quer travar a subida das taxas. "Ao longo
dos últimos meses tem-se verificado uma subida progressiva das taxas
de remuneração oferecidas pelos bancos na captação de depósitos",
refere o regulador em comunicado.

"Por entender que esse movimento das taxas dos depósitos envolve
riscos acrescidos para as instituições e, em última instância, para o
conjunto do sistema financeiro", Carlos Costa avançou com esta
penalização, que incide sobre os rácios de capital.

Bancos vendem casas penhoradas no centro das cidades

Esta é uma notícia do DE:

«A oferta de imóveis penhorados pela banca nos grandes centros
urbanos, Lisboa e Porto, está a aumentar. Boas notícias para quem quer
aproveitar as condições de financiamento excepcionais oferecidas
nestes imóveis, sem prescindir de morar no centro da cidade. Na ReMax,
e desde o início do ano, a oferta de imóveis penhorados pela banca
aumentou 40% em Lisboa e mais de 50% no Porto.

"Efectivamente existem já imóveis na carteira de penhoras dos bancos
em todas as zonas dos principais centros urbanos. Naturalmente,
registam-se mais imóveis nas periferias das principais cidades, em
segmentos mais baixos", refere Ricardo Sousa, administrador da Century
21 Portugal.

Até há pouco tempo um dos principais constrangimentos deste tipo de
oferta centrava-se no facto da maioria dos imóveis penhorados pela
banca situar-se fora dos centros urbanos, nomeadamente na periferia.
No entanto há também quem alerte que esta oferta já existia,
simplesmente é escoada mais depressa: "Sempre houve casas para venda
nos principais centros urbanos.Naturalmente que as melhores
localizações têm um potencial de venda muito maior, têm maior procura,
sendo vendidas muito mais rapidamente", nota a leiloeira Luso-Roux.
Uma tendência que os especialistas crêem ser para aumentar: "A oferta
está a aumentar e a tendência será para manter este registo", diz
Paulo Fernandes, Director-Geral da Fitamétrica.

Ricardo Sousa da Century 21 adianta ainda que: "Se tivermos em conta
que o processo de adjudicação de um imóvel, desde o incumprimento do
proprietário (...) até o banco poder iniciar a venda, demora entre
dois a quatro anos, e que os picos de incumprimento no crédito
iniciaram-se em 2008, é expectável que este tipo de oferta vá
certamente aumentar". E não só nos centros urbanos. Atendendo ao
universo total de casas penhoradas, o BCP estima que este ano o número
de imóveis colocado à venda pelo banco aumente 15% a 20% face a 2010.

Além da oferta habitacional nos concelhos de Lisboa e Porto, o BCP
alerta para o crescente número de fracções comerciais disponíveis nos
centros urbanos, "nomeadamente lojas de rua e de centros comerciais,
têm vindo a aumentar".»

A ser verdade, para quem tem cash é muito bom. Todavia, quem necessita
de empréstimo bancário acaba por ficar na mesma situação. Reduz-se o
preço do imóvel, mas aumenta em sentido proporcional os juros pagos,
de forma a que a prestação não se altera muito. A não ser que o banco
faça um spread promocional...

Bruxelas quer dispensar contas trimestrais

Uma proposta da Comissão Europeia liberta as empresas cotadas,
incluindo as pequenas e médias empresas (PME), de prestar informação
financeira trimestral".
De facto, a actual obrigação de apresentação trimestral de contas tem
um maior peso para as PME, e a Comissão Europeia considera que é
nestas que a poupança obtida com a simplificação das regras
contabilísticas e administrativas será maior. As empresas portuguesas
estão entre as principais beneficiadas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Taxas de juro astronómicas

As taxas de juro pagas pelos banco estão em níveis muito elevados. Se as Euribor estão abaixo de 2%, temos bancos que pagam mais de 6% a 1 ano. Veja-se por exemplo o caso do Finantia, que me chamou à atenção por não serem depósitos promocionais: «Depósito a Prazo 6 Meses Finantia Rendimento 6,00% TANB, com pagamento mensal de juros e não mobilizável antecipadamente. Os montantes mínimo e máximo são respectivamente de 50.000€ e 1.000.000€; » Para conseguir remunerar estas aplicações, quanto terá que exigir o Finantia nas suas taxas de juro activas? "As coisas que parecem ser boas demais, às vezes são". Ou já alguém se esqueceu o que sucedeu no BPN e no BPP?

domingo, 23 de outubro de 2011

Banqueiros portugueses na segunda divisão das remunerações na Europa

Os principais banqueiros portugueses são dos que menos recebem em salários na Europa, mas mesmo assim estão à frente dos dinamarqueses, noruegueses, holandeses e belgas, refere um estudo de analistas da consultora Alphaville. O documento, noticiado hoje no jornal diário francês Le Parisien, indica que os executivos dos principais bancos portugueses receberam em 2010, em média, cerca de 845 mil euros por ano, estando em nono lugar num ranking que inclui treze países. A lista dos mais bem pagos banqueiros europeus é liderada pelos britânicos (5,7 milhões de euros anuais), logo seguido dos suíços (4,4 milhões) e dos espanhóis (3,7 milhões). A seguir aos banqueiros espanhóis, situam-se os máximos responsáveis dos bancos alemães (3,3 milhões), italianos (1,9 milhões), suecos (1,3 milhões), austríacos (1,2 milhões), franceses (865 mil euros) e portugueses, de acordo com o estudo. A lista dos treze países estudados fecha com os dinamarqueses, com 796 mil euros, os holandeses (623 mil euros), os noruegueses (537 mil euros) e os belgas (250 mil euros). Em todos estes países as remunerações do trabalho são em média substancialmente superiores às praticadas em Portugal. Individualmente, a maior remuneração pertence a Robert Diamond, presidente do Barclay’s, com 11,5 milhões de euros, logo seguido de Brady Dougan, do Crédit Suisse, com 9,2 milhões, Alfredo Sáenz, do Santander, com 7,9 milhões, e Stuart Gulliver, de HSBC, com 7,2 milhões. O estudo refere ainda que, em alguns casos, uma parte do dinheiro, para além do salário propriamente dito, é pago com acções atribuídas aos executivos. Essas acções representaram, por exemplo, 7,8 milhões de euros da remuneração de Robert Diamond.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Crédito malparado das famílias atinge taxa recorde

Os empréstimos concedidos pela banca portuguesa às famílias
representavam 140,8 mil milhões de euros em Agosto; destes, 4.517
milhões (ou 3,2 por cento) são considerados de cobrança duvidosa.

A taxa de 3,2 por cento para o crédito malparado a particulares é a
mais alta desde que há registo nas tabelas do Boletim Estatístico do
BdP, cujos dados mais antigos são de Dezembro de 1997.

O crédito a particulares - que inclui o crédito à habitação (80,9 por
cento do total), o crédito ao consumo (10,7 por cento) e para outros
fins (8,4 por cento) - cresceu 0,2 por cento em Agosto relativamente
ao mesmo mês do ano passado. Este crescimento ocorreu apenas no
crédito à habitação (mais 1 por cento), enquanto o crédito ao consumo
teve uma queda homóloga de 3,7 por cento.

O peso dos créditos malparados é mais significativo no crédito ao
consumo e para outros fins (onde atinge taxas próximas dos 10 por
cento), mas também está a subir no crédito à habitação - onde, numa
massa total de 113,9 mil milhões de euros, 2.057 milhões são créditos
de cobrança duvidosa.

Com o recente aumento de impostos e redução de salários até onde
poderá chegar o mal-parado?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fitch espera pico de crédito malparado em 2013

A agência Fitch alertou esta quinta-feira para um pico do crédito
malparado em Portugal em 2013, uma situação que se deve agravar já na
segunda metade de 2011 e manter-se em deterioração até daqui a dois
anos.

«É esperada a continuação da contracção dos empréstimos e os créditos
de cobrança duvidosa devem aumentar devido a uma economia
enfraquecida, que está em si própria altamente endividada», escreveu a
agência de notação financeira num relatório acerca das perspectivas do
sector bancário português para 2012.

A Fitch disse esperar um agravamento do crédito malparado face aos
empréstimos totais concedidos na segunda metade de 2011, com um pico a
ter lugar em 2013, mais especificamente nos sectores das pequenas e
médias empresas, na construção e no imobiliário.

Ainda assim, a agência lembrou que os maiores bancos nacionais
mostraram «apenas uma deterioração modesta nos indicadores de
qualidade no primeiro semestre de 2011, apesar do aprofundamento da
recessão em Portugal e do processo de desalavancagem».

«Os créditos de cobrança duvidosa no retalho também aumentaram [na
primeira metade de 2011], mas dada a sua granularidade, o impacto nos
níveis de crédito de cobrança duvidosa foi menos grave. Numa nota
positiva, a ausência de um «boom» económico e de imobiliário durante a
pré-crise em Portugal preveniu uma rápida deterioração da qualidade
dos bens dos bancos», referiu a Fitch.

A agência de notação afirmou que estima que o rácio entre créditos de
cobrança duvidosa e o total pode até vir a duplicar para a maior parte
dos bancos.

UE quer proibir avaliações a Estados das agências de 'rating'

«A União Europeia (UE) quer proibir as agências de 'rating' de avaliar
Estados, noticia hoje o matutino alemão Financial Times Deutschland,
que teve acesso a um projeto ainda confidencial do comissário europeu
para o mercado interno, Michael Barnier.
No projecto de reforma da lei sobre as agências de 'rating', Barnier
propõe que a nova agência europeia de supervisão de títulos bolsistas,
a ESMA, passe a ter o direito de «proibir temporariamente» a
publicação de avaliações sobre a solvibilidade financeira dos Estados.

A Comissão Europeia quer ver esta proibição aplicada sobretudo a
Estados que negociaram ajudas externas com a União Europeia ou com o
FMI.»

In Sol

Agora imaginem o ridículo. Uma das grandes agências tem agendada uma
publicação de um relatório. A ESMA CENSURA essa publicação. Como
reagirão os mercados a essa decisão? "De certeza que se tratam de más
notícias!" .

Isto resolve alguma coisa? Ainda aumenta a incerteza.

E não se pretende que a ESMA seja independente do poder político?

Srs políticos, pensei antes de falar!!!!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comissão Europeia está a investigar fixação da taxa Euribor

Iniciativa europeia integra-se numa investigação mundial sobre
eventual manipulação das taxas de juro interbancárias que servem de
referência a biliões de contratos de empréstimo. Vários bancos
europeus viram documentos apreendidos.
A Comissão Europeia está a investigar a forma como os 40 bancos
europeus fixam diaramente a taxa de juro "benchmark" europeia, a
Euribor, que serve de referência a biliões de empréstimos e outros
instrumentos de dívida concedidos na Zona Euro. Ontem, foram
apreendidos documentos em várias instituições financeiras, incluindo
"um grande banco francês" e um "grande banco alemão", cujos nomes não
foi possível apurar.

A notícia está a ser avançada esta manhã pelo "Wall Street Journal",
que sublinha que esta investigação não parte apenas da instituição
liderada por Durão Barroso, mas integra-se numa outra, muito mais
ampla, que já está em andamento há cerca de um ano, movida por
procuradores norte-americanos, japoneses e europeus.

Essa investigação quer apurar se os bancos se concertaram para
manipular a taxa Libor, a taxa "benchmark" britânica, que é mais usada
que a Euribor e tem impacto sobre biliões de dólares em empréstimos e
produtos derivados. As incursões da equipa da Concorrência da Comissão
Europeia, liderada pelo comissário Joaquín Almunia, centraram-se em
Londres e noutras cidades europeias, que o jornal não identifica. O
"WSJ" diz que, em Londres, os funcionários europeus chegaram à
instituição bancária sem aviso prévio, uma vez que têm o poder para
fazer visitas surpresa e apreender documentos quando haja suspeitas de
que a lei da concorrência não está a ser respeitada.

UBS e Barclays estão a ser investigados

Oficialmente, a Comissão Europeia não quis comentar. Um executivo de
um dos bancos visados pela investigação disse tratar-se "mais de uma
visita do que de uma incursão". O painel de fixação da taxa Euribor
inclui alguns dos maiores bancos da Europa e estas visitas-surpresa
servem, provavelmente, para a Comissão ficar a perceber como funciona
a mecânica da taxa.

A investigação-mãe, sobre a taxa Libor, já deu origem a 20 processos
nos Estados Unidos, interpostos por investidores que alegam
manipulação das taxas de juro. Os bancos têm contestado as queixas. As
autoridades japonesas também estão a verificar como é que a taxa de
Tóquio – Tibor – é fixada.

Um dos objectivos da investigação é apurar se os bancos subestimaram
as suas despesas com créditos, bem como se houve especulação sobre
movimentos cambiais futuros. Em Julho, o banco suíço UBS ganhou
imunidade parcial por colaborar na investigação sobre a sua
participação na fixação da Libor e Tibor. O britânico Barclays também
está a ser investigado.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A agência de notação financeira Moody’s decidiu cortar o "rating" de Espanha

A agência de notação financeira Moody’s decidiu cortar o "rating" de Espanha em dois níveis para "A1" e manteve o "outlook" negativo, o que significa que poderão ocorrer novos cortes. A agência de notação explica que o corte se deve "ao contágio potencial" e "às fragilidades da economia". “Espanha continua vulnerável às tensões do mercado”, sublinha a Moody’s no seu relatório, dizendo que desde que colocou o rating da dívida pública de Espanha sob revisão, no final de Julho, “não surgiu uma única resolução credível para a actual crise da dívida soberana e (…) vai demorar tempo até ser plenamente restabelecida a confiança na coesão política da Zona Euro e nas perspectivas de crescimento”. Outro dos factores que levou ao corte da dívida soberana espanhola prende-se com o facto de as perspectivas de crescimento para o país, “já de si moderadas”, terem diminuído. Isto aconteceu devido ao deteriorar das perspectivas de crescimento para a Europa e resto do mundo, devido à difícil situação de financiamento para o sector bancário e ao seu impacto na economia mais abrangente. “Especificamente, a Moody’s prevê agora que o crescimento do PIB real de Espanha em 2012 seja, na melhor das hipóteses de 1%, contra a anterior estimativa de 1,8%. (…) Para os anos seguintes, a Moody’s continua a prever um ritmo muito moderado de crescimento, em torno de 1,5% ao ano, em média”, acrescenta o comunicado. O terceiro e último grande factor apontado pela agência de notação financeira tem a ver com o facto de “o menor crescimento económico levar, por sua vez, a que a concretização das ambiciosas metas orçamentais sejam ainda mais desafiantes para Espanha”. “A Moody’s prevê que o défice orçamental para o sector público espanhol fique acima da meta, tanto este ano como no próximo. Muito em particular, a Moody’s continua a ter sérias preocupações em torno da situação de financiamento dos governos regionais [comunidades autónomas] e da sua capacidade para reduzirem os respectivos défices orçamentais conforme estipulado nos objectivos definidos”, salienta a agência. Ainda no comunicado, a agência refere que foram estas mesmas motivações que levaram a que cortasse recentemente os "ratings" da dívida soberana de Itália e da Bélgica. In JdeNegócios

UE proíbe negociação de CDS a descoberto

A União Europeia pretende proibir a compra de seguros contra o incumprimento da dívida soberana (CDS) que não se detenham em carteira. A União Europeia (UE) chegou hoje a acordo para a criação de uma lei que vai proibir a negociação dos 'naked sovereign Credit Default Swap (CDS)' numa tentativa de limitar aquilo que alguns responsáveis políticos vêem como apostas de alguns 'hegde funds' na crise da zona euro. "É um acordo muito ambicioso que fortalece a estabilidade financeira", afirmou Michael Barniers, o comissário europeu para os Serviços Financeiros, citado pela Reuters. «Um 'naked sovereign CDS' é um CDS diferente do normal, uma vez que o investidor não detém as obrigações associadas. Ou seja: se um investidor comprou uma obrigação do Tesouro português a 5 anos, por exemplo, pode proteger-se comprando o CDS que o protege contra o eventual incumprimento dessa obrigação. Trata-se assim de uma situação normal. Mas se o investidor só comprar o CDS sem ter a obrigação em carteira, trata-se de 'naked sovereign CDS'. No fundo, é uma negociação de CDS a descoberto.» In DE A lei, que inclui ainda condições e requisitos de informação nas vendas de acções a descoberto, terá efeitos a partir de 1 de Novembro de 2012.

S&P corta 'rating' de 24 bancos italianos

A S&P voltou a "atacar", reduzindo o 'rating' de 24 bancos e instituições financeiras de Itália, depois de uma revisão das implicações de um ambiente macroeconómico e financeiro pior do que o antecipado anteriormente para os bancos italianos. "Na nossa opinião, as tensões renovadas nos mercados na periferia da zona euro, particularmente em Itália, e o agravamento das perspectivas de crescimento conduziram a uma maior deterioração do ambiente onde operam os bancos italianos", explica a S&P em comunicado divulgado esta tarde. A agência de 'rating' antecipa que os custos de financiamento para os bancos vão aumentar visivelmente devido à subida dos juros da dívida soberana italiana. "Além disso, os custos de financiamento mais elevados tanto para os sectores bancário como empresarial devem resultar em condições de crédito mais restritivas e uma actividade económica mais fraca no curto/médio prazo", diz a S&P. Entre as instituições que sofreram 'donwgrades' encontram-se o Banca Popolare dell'Alto Adige, o Banca Popolare di Milano e o Unione di Banche Italiane. Na semana passada foi a Fitch que cortou o 'rating' de 12 bancos europeus e colocou sob vigilância negativa outras 11 instituições devido ao agravamento das condições do sector financeiro. A agência de notação financeira também deu como exemplo o agravamento do ambiente macroeconómico no continente e a recente evolução da estrutura de negócio da banca.

BdP obriga bancos a reconhecer perdas de 21% com dívida grega

Os bancos portugueses com exposição à dívida pública grega - BCP, BPI
e CGD - tiveram de reconhecer perdas de 21% naqueles investimentos nas
contas relativas a 30 de Setembro último, com impacto nos rácios de
capital.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Depósitos no Deutsche Bank fora do Fundo de Grantia de Depósitos português

«Em face do cancelamento do registo junto do Banco de Portugal do
Deutsche Bank (Portugal), S.A.,
decorrente da fusão transfronteiriça dessa instituição no Deutsche
Bank Europe GmbH e realizado no
âmbito do processo de transformação daquele banco em sucursal do
Deutsche Bank AG, ocorreu
automaticamente, por força da aplicação do artigo 156.º do Regime
Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras, a cessação da participação dessa instituição
de crédito no Fundo de Garantia de
Depósitos.
Em consequência, os actuais e futuros depósitos realizados junto da
sucursal do Deutsche Bank em
Portugal deixaram de se encontrar abrangidos pela garantia do FGD,
passando antes a estar cobertos
pelo sistema alemão de protecção de depositantes.»

Comunicado do Fundo de Garantia de Depósitos a 14-09-2011

Banco Santander Totta imputou um prejuízo de cerca de 200 milhões de euros ao Fundo de Pensões dos trabalhadores

Isto a acontecer é de facto muito grave e ética e moralmente reprovável.

In Público


O banco Santander Totta imputou um prejuízo de cerca de 200 milhões de
euros ao Fundo de Pensões dos trabalhadores, de forma a não ter que o
assumir nas contas do grupo. A perda, que está a gerar polémica
interna, tem a ver com contratos de futuros celebrados ao longo do mês
de Julho pela sociedade gestora de fundos do grupo espanhol.

Ao longo do mês de Julho, a sociedade gestora de activos do grupo
espanhol - Santander Asset Management - assumiu um conjunto de
investimentos de risco através de contratos de futuro (compromisso de
compra/venda a executar em datas e preços pré-fixados) sobre os
índices dos mercados nova-iorquinos. Estas operações complexas (de
muito curto prazo), sustentadas em produtos derivados, tinham como
pressuposto uma subida dos valores dos índices no momento do resgate,
o que não se verificou.

De acordo com os dados produzidos internamente, e a que o PÚBLICO teve
acesso, depois da execução dos contratos, no final de Julho, o banco
apurou um prejuízo da ordem dos 200 milhões de euros, mas parqueou-o
no fundo de pensões dos trabalhadores - movimento registado nas contas
de Agosto, que ainda não são públicas. O FP era tutelado pelo
presidente da gestora de activos do grupo, João Bouça Morais, que saiu
entretanto do Santander, conforme prova a documentação interna.

Instado pelo PÚBLICO a comentar a situação, o Santander optou por não
responder directamente à questão: "A gestão do FP é totalmente
autónoma e independente da gestão do Santander Asset Management
Portugal (até por imperativos legais) pelo que, como é óbvio, todas as
operações que são iniciadas pelo Fundo de Pensões são alocadas ao
mesmo, tal como o inverso. Neste domínio, não existe, nem pode
existir, qualquer alocação de activos entre os vários instrumentos sob
gestão".

O Santander reconhece que o FP "teve uma rentabilidade negativa" no
último trimestre, situação que classifica de normal "face ao actual
enquadramento". E nota que é "necessário aguardar pelo desfecho final
do ano" para apurar a rendibilidade final "e situação patrimonial".

Num quadro de crise alargada da divida soberana, que se tem reflectido
nos últimos dois anos em instabilidade financeira e volatilidade dos
mercados, o Santander não previu a queda das cotações, o que tem
gerado polémica e preocupação entre os colaboradores da filial
portuguesa do grupo liderado pela família Botin.

O banco não respondeu quando questionado sobre o momento em que a
administração foi informada do que se estava a passar e, em
particular, o presidente, Nuno Amado.

Há uma semana, o Expresso levantou a ponta do véu sobre o que se
estava a passar no Santander Asset Management (SAM), ao revelar que o
banco se preparava para registar este ano um "rombo" de 26 milhões de
euros (verba que soma aos 200 milhões), resultante de operações
derivadas associadas, neste caso, ao fundo de investimento mobiliário
Santander Acções Global.

De acordo com o semanário, neste caso, a gestão liderada por Nuno
Amado atribuiu o problema a "um erro de imputação" que "não terá
impacto negativo nos clientes". Pelo facto de o Santander Acções
Global ser um fundo de mercado, as perdas teriam de ser cobertas
imediatamente, o que já não acontece com os fundos de pensões dos
trabalhadores. Por força das regras existentes, o banco não será
obrigado a cobrir imediatamente os 200 milhões de euros, razão pela
qual as más decisões de investimento não serão imediatamente
repercutidas nos resultados.

Nuno Amado tem discutido com o ministro Vítor Gaspar a transferência
do fundo de pensões para o sistema público de segurança social. As
responsabilidades do FP no final do primeiro semestre ascendiam a
1,316 mil milhões de euros.

O PÚBLICO sabe que no final de Julho a administração ordenou a
suspensão e liquidação dos contratos de futuros associados ao FP e ao
SAG. E, a 18 de Agosto, João Bouça de Morais, presidente do SAM, e
Ricardo Lourenço, responsável pela área de investimento, deixaram o
banco.

Já o afastamento de Luís Cameiro, que tinha responsabilidades de
auditoria, tem gerado controvérsia, dado que este alertou as chefias,
em vários momentos, por email, nomeadamente para a violação dos rácios
de investimento. O administrador com o pelouro da gestão de activos,
Miguel Bragança, mantém-se em funções. Nos últimos dias chegaram ao
banco duas equipas de auditoria enviadas por Madrid - uma para a
inspecção anual e a outra centrada nas operações polémicas para apurar
prejuízos e responsabilidades.

A Comissão de Trabalhadores afirmou não ter "conhecimento sobre uma
perda tão avultada no Fundo de Pensões", mas reconheceu existirem
"rumores" que a levaram já a solicitar "esclarecimentos" à
administração, que a informou de que as oscilações registadas no fundo
eram normais. A CT lembra que "a legislação actual lhe retirou o
direito de integrar a Comissão de Acompanhamento dos Fundos de Pensões
dos Trabalhadores" e que a fiscalização está agora a cargo dos
sindicatos."

Entretanto, os colaboradores da área de investimentos mobiliários
foram já informados de que a gestão do sector passará a ser feita
directamente por Espanha.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A agência de notação financeira Fitch cortou o 'rating' de 12 bancos europeus e colocou sob vigilância negativa de outros 11 instituições

A Fitch publicou hoje um conjunto de relatórios sobre a banca europeia
que apontam todos para um agravamento das condições do sector
financeiro.

A agência de notação financeira dá como exemplo o agravamento do
ambiente macroeconómico no continente e a recente evolução da
estrutura de negócio da banca.

A consequência destas análises traduziu-se num enorme chumbo à banca
europeia que traduziu-se no corte do 'rating' de 12 bancos - 10
britânicos, um suíço e um alemão - e na colocação sob revisão negativa
do 'rating' de cinco dos maiores bancos comerciais europeus e de sete
bancos universais com operações no espaço europeu.

Destaque para os 'downgrades' em um nível de "A+" para "A" do UBS e em
duas notas, de "AA-" para "A", dos britânicos Lloyds e Royal Bank of
Scotland.

Estes cortes foram justificados pela agência em detrimento da
especulação intensa do mercado e do potencial esquema de
recapitalização dos bancos da zona euro.

"Se as autoridades determinarem que o apoio extraordinário [à banca da
zona euro] seja necessário no curto prazo, tais medidas serão
fornecidas aos bancos directamente pelos países ou através de um
mecanismo pan-zona euro. Por isso, no curto prazo, a agência mantém a
classificação dos bancos ao nível do 'rating' mais elevado dos países
da zona euro, que são "A+" para os maiores bancos em França, Alemanha
e Holanda, e com a categoria de "A" para o equilíbrio dos soberanos
europeus classificados com "AA-" superior."

Mas a razia não ficou por aqui. Os especialistas da Fitch colocaram
também sob revisão negativa o 'rating' dos franceses Credit Agricole,
BNP Paribas, Societe Generale e Banque Federative du Credit Mututel,
do britânico Barclays, do suíço Credit Suisse, do alemão Deustche Bank
e das operações europeias dos norte-americanos Goldman Sachs e Morgan
Stanley.

A Fitch justifica esta decisão por considerar que "os modelos de
negócio são particularmente sensíveis ao aumento dos desafios que os
mercados financeiros estão a enfrentar", quer seja ao nível "de
desenvolvimentos económicos, particularmente na zona euro, quer seja
ao nível de uma inumerável quantidade de mudanças regulatórias."

No caso dos bancos que foram colocados sob revisão negativa, a Fitch
refere que "qualquer 'downgrade' que venha a suceder será, na maioria
dos casos, em uma nota ou, no máximo, em duas notas."

No relatório "Rating de bancos num mundo em mudança", a Fitch frisa
que "vários factores de mercados e dados fundamentais reforçam a visão
de que os perfis de crédito de alguns grandes bancos e com uma elevada
classificação enfrentam uma pressão negativa".

Mas os especialistas foram ainda mais longe e, no mesmo documento,
referiram que "globalmente, existem poucos bancos com perfis de risco
consistentes com o padrão de emissor da categoria de 'rating' de "AA"
mas mais consistentes com 'ratings' da categoria "A"".

Neste sentido, é de esperar novos cortes de 'rating' do universo do
sector financeiro europeu.

In DE

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Produtos financeiros complexos

A generalidade dos produtos financeiros complexos não são
transaccionados em mercado secundário. Porém, os bancos que
comercialiazam esses produtos fornecem cotações indicativas.

Os sites infra fornecem as cotações indicativas para os produtos
financeiros complexos comercializados pelo Deutsche Bank e pelo BIG.

http://www.deutsche-bank.pt/db_pt/downloads/Produtos_Estruturados_Indices_Referencia.pdf

https://www.bigonline.pt/pt/PoupancaRendimento/pestruturadosCurso.asp?TIPOPE=CG

Sabia que as obrigações Cabaz Global (3ª Versão) valem apenas 59,21%
do valor inicialmente investido? ou que o Notes 1.5y Reverse Twin Win
linked to Lloyds vale apenas 54,32%?
Caso mais grave está associado ao o Notes 1.5y Reverse Twin Win linked
to Barclays. Trata-se de um produto emitido à 3 meses e que vale menos
1/3 do que quando foi emitido.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Fusões na banca portuguesa

"Há demasiada oferta bancária e em Portugal também", "Estou a falar de fusões, fechar balcões e recuar custos" e de consolidação dos "grandes com os grandes, porque cria mais valor. Os pequenos são muitos pequenos". F. Ulrich Com a sua tradicional frontalidade, Fernando Ulrich defende a concentração bancária em Portugal: "existe muita oferta". Candidatos a fusões? BPI? Talvez. BCP? Muito provável.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Agências de ‘rating’ e a banca espanhola

Agências de 'rating' cortam notação a mais de uma dezena de bancos
espanhóis. Santander e BBVA não escaparam às revisões em baixa.

A S&P e a Fitch baixaram o 'rating' a vários bancos espanhóis. A S&P
teve a acção mais demolidora, baixando a notação de crédito do
Santander, do BBVA, do Bankinter, do Banco Sabadell e de várias
'cajas'. A agência colocou ainda sob vigilância negativa o 'rating' do
CaixaBank, do Bankia e do Banco Popular.

A S&P justifica as descidas dos 'ratings' com as perspectivas de
crescimento limitado da economia espanhola, com a acumulação de
activos problemáticos pelos bancos espanhóis até 2013 e com a fraqueza
do mercado imobiliário do país vizinho.

Também a nota do sistema financeiro espanhol foi revista em baixa,
colocando-o na mesma categoria dos sectores bancários de Israel,
México e Eslováquia.

Por seu lado, após ter descido o 'rating' de Espanha na sexta-feira, a
Fitch veio agora cortar as notas de crédito do Santander, BBVA,
Sabadell, Banesto, Popular e Caixabank. Isto para nivelar os 'ratings'
destes bancos com o do soberano.

O Santander tem agora um 'rating' de AA- para as duas agências com
perspectivas negativas. Já para o BBVA, a S&P baixou a nota de AA para
AA- com 'outlook' negativo. Já a Fitch tem um 'rating' de A+, também
com perspectivas negativas.

In DE

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Site «Inovação Financeira e Investimento»

Já foi inaugurado o site «Inovação Financeira e Investimento»: https://sites.google.com/site/inovacaofinanceirainvestimento/ Assuntos abordados até à data: - Metodologia de Estudo de Eventos - Estatísticas do short-selling

O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2011

Os preços das “commodities” alimentares deverão continuar a subir devido ao crescimento populacional e económico e ao uso crescente de combustíveis biológicos, segundo o relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2011”, elaborado pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e pelo Programa Alimentar Mundial. - preços do petróleo mais altos, os custos de produção sobem igualmente, o que conduz a custos de produtos -alimentares mais elevados - crescimento populacional e económico cria pressão sobre a procura - uso crescente de combustíveis biológicos transferem recursos da produção agricola, Em contraponto, o aumento da produtividade nas colheitas, através de novas tecnologias pode mitigar parcialmente esses efeitos.

4.000 imóveis entregues aos bancos nos primeiros oito meses deste ano

Quase 4.000 imóveis foram entregues aos bancos nos primeiros oito
meses deste ano em dação em pagamento por famílias e promotores
imobiliários, em resultado de incumprimento nos créditos à habitação e
à construção, segundo estimativas divulgadas hoje.
Segundo a análise das dinâmicas imobiliárias divulgada hoje pela
Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de
Portugal (APEMIP), "ao longo dos oito primeiros meses de 2011 foi
possível contabilizar cerca de 3.900 imóveis entregues em dação em
pagamento tanto por famílias, como por promotores imobiliários".

Este valor, afirma a associação, "representa um agravamento de 7,9%
face a igual período de 2010".

As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto "concentram 48,7% das
ocorrências relativas a imóveis entregues em dação em pagamento em
Portugal este ano".

A área metropolitana do Porto representa 18,8% das dações em pagamento
registadas em termos nacionais e a de Lisboa 29,9%.

A APEMIP salienta que o "arrefecimento do mercado imobiliário afectou
de forma bastante significativa todos os que investiram na promoção
imobiliária e no desenvolvimento de novos projectos e empreendimentos,
pelo que parte significativa dos imóveis entregues em dação em
pagamento provêem destes atores, em particular, em municípios, como os
de Alcochete, Ponta Delgada, Vila do Conde e Portimão, em que esta
realidade representa, pelo menos, metade da totalidade dos imóveis em
causa".

In Jornal de Negócios

sábado, 8 de outubro de 2011

A Moody's corta rating de 12 bancos ingleses

Não são apenas os bancos da zona Euro sob a mira das agências de rating. Desta feita, a Moody's reduziu o rating de 12 bancos do Reino Unido, incluíndo o banco nacionalizado RBS.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A SAD do Sporting apresentou um resultado líquido negativo de 43,991 milhões de euros

O prejuízo aumentou drasticamente, quando comparado com os 28,187 ME
do exercício anterior, o que a sociedade justifica com "a profunda
remodelação levada a cabo no futebol" e a "reestruturação financeira",
as quais "contabilizaram custos de 28 ME que não se irão repetir".

Emoções à parte, haverá futuro para os clubes de futebol?

Até que ponto valem os stress tests

O Dexia, que passou com distinção nos 'stress tests', mas está prestes
a ser desmembrado. Note-se que o banco foi considerado um dos mais
seguros da Europa. Ficou em 12º lugar nos 'stress tests'. Atingiu um
rácio 'core tier 1' de 10,4%, o 12º melhor entre os 91 bancos
analisados. Menos de três meses volvidos, o banco franco-belga está
prestes a ser desmembrado e novamente nacionalizado.

In DE:

"Os parâmetros dos 'stress tests' eram claramente insuficientes para
identificar bancos em risco. Focaram-se nos níveis de capital sem
olharem para questões de solvência ou de liquidez", comentava ao
Financial Times um analista da Petercam. »

CGD oferece "recheio" para vender casas entregues ao banco

Crédito a 100% e "spreads" mais baixos, são as "borlas" comuns. Agora,
o banco do Estado está a dar a mobília, em função da avaliação do
imóvel.
É cada vez mais comum a venda de imóveis pelos bancos, que perante a
incapacidade de pagamento das prestações do crédito, foram entregues
às instituições financeiras. São imóveis comercializados abaixo do
preço de mercado, e que contam com condições de financiamento
excepcionais. No caso da Caixa Geral de Depósitos, além disso, o banco
dá o "recheio".

In Jornal de Negócios

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rácio de transformação dos depósitos

De acordo com o Banco de Portugal (BdP), no seu Boletim Económico de Outono, “no final do primeiro semestre de 2011, o rácio médio para as oito instituições situava-se em 143 por cento, menos 16 pontos percentuais do que em Junho de 2010”. Em 2010 o valor deste rácio de transformação rondava os 160 por cento.

Short-selling das acções nacionais

- O fundo Marshall Wace reduziu a sua posição a descoberto no BCP para 0,493% do capital social do banco. - A AKO Capital voltou a aumentar a sua aposta na queda das acções da Brisa e já tem uma posição a descoberto de perto de 1%.

Novos testes de stress a caminho?

A EBA- Autoridade bancária europeia quer saber como reagiriam os
bancos às quebras na dívida grega.

Segundo o DE, os responsáveis europeus estão a montar um plano para
recapitalizar de forma coordenada a banca europeia. A autoridade
bancária europeia, no quadro dos dados recolhidos com os testes de
stress, foi mandatada para avaliar como reagiriam os bancos europeus a
vários níveis de quebra na dívida grega.

Uma fonte comunitária explicou ontem em Bruxelas que é essa
necessidade que a autoridade reguladora da banca foi chamada a
avaliar, visto que os 'stress tests' de Julho não testaram
directamente este cenário. Merkel apelou a uma acção "coordenada" mas
disse que é "preciso fixar critérios para isto, o que não pode ser
feito por líderes, tem de ser por técnicos". A informação poderá dar
um cenário diferente daquele publicado em Julho. Por exemplo, o banco
Dexia saiu bem pontuado e no entanto está a sofrer nos últimos dias
por não ter aplicado um 'haircut' suficientemente forte da dívida
grega, revendo pouco o valor da dívida soberana que detém.

Adeus de Jean-Claude Trichet

Hoje será a última reunião de Trichet. O sucessor é Mario Draghi, um
italiano supostamente amigo do crescimento e das taxas de juro baixas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Banca

«Cálculos do Negócios, tendo por base as imposições a que o sector
está sujeito, permitem concluir que há quase cinco mil colaboradores e
530 agências em excesso no sistema bancário. »