terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estrangeiros retiram poupanças dos bancos espanhóis

Em Espanha, os estrangeiros não residentes estão a reduzir a exposição
aos bancos do país. A desconfiança no sistema financeiro espanhol está
na base deste comportamento.
De acordo com o jornal espanhol "Cinco Días", os não residentes
reduziram a sua exposição em 47.895 milhões de euros, o que
corresponde uma quebra de 39%.

Neste período o valor dos depósitos dos residentes diminuiu em 5,1%,
ou seja menos 14.600 milhões de euros, de acordo com dados revelados
pelo Banco de Espanha citado por este órgão de comunicação social
espanhol.

Entre Outubro de 2010 e Outubro de 2011, a Espanha viveu um período
conturbado. A pressão dos mercados sobre o país foi aumentando, as
exigências dos investidores no que toca a reformas estruturais
aumentaram também, pelo que este clima acabou mesmo por conduzir o
anterior Executivo, liderado por José Luís Zapatero, a demitir-se e a
convocar eleições legislativas antecipadas.

Assim, e dado o clima de "nervosismo", os não residentes mostraram que
não confiavam no sistema financeiro do país vizinho e optaram por não
colocar as suas poupanças em Espanha. Nem a guerra dos depósitos, com
as instituições a pagarem juros cada vez mais elevados, conseguiu
convencer os extrangeiros a manterem as suas poupanças nos bancos
espanhóis.

O jornal escreve ainda que até 2008, os depósitos dos não residentes
em Espanha aumentaram de forma constante. Em apenas três anos, segundo
a mesma fonte, os valores passaram de 328.339 milhões de euros para
504.745 milhões de euros – valor registado em 2008.

Porém, a chegada da crise alterou esta tendência. Desde 2008, que o
valor dos depósitos dos não residentes tem vindo a diminuir, tendo
mesmo atingido os 75 mil milhões de euros em Outubro de 2011.

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