sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Se há uma perda de valor num incumprimento da Grécia, os “credit Default swaps” não deveriam ser activados?

Os "credit default swaps" funcionam como seguros contra incumprimento
na dívida. Esse contrato é elaborado e vendido por uma terceira parte,
normalmente um banco, que é chamado a ressarcir o investidor na
obrigação caso o emitente da mesma obrigação não cumpra o pagamento.

O organismo que decide o que constitui um "default" (o chamado "evento
de crédito") é a ISDA, a International Swaps and Derivatives
Association. Nas condições em que a troca poderá ser efectuada com os
bancos representados no Instituto Internacional de Finanças, a ISDA já
veio dizer que considera a troca "voluntária", ainda que isso seja,
naturalmente, discutível.

Mas Stephane Deo assinala que, se realmente forem impostas as
"Collective Action Clauses", isso reflectir-se-á sobre os investidores
que não foram incluídos na negociação mas que sofrerão perdas. Aí, o
economista do UBS diz que não há forma de advogar que isso não
constituirá um "evento de crédito", pelo que os "credit default swaps"
terão de ser activados.

O UBS calcula que existem 3,3 mil milhões de euros em "credit default
swaps" sobre dívida grega.

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