terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fundos de pensões dos bancários na CGA, quem fica a ganhar?

A passagem dos fundos de pensões da banca para a Caixa Geral de
Aposentações (CGA) deverá resultar num fluxo de entrada de 12,4 mil
milhões de euros, ao longo dos próximos anos. Correspondem ao valor
estimado dos activos detidos pelos fundos de pensões da Caixa Geral de
Depósitos (CGD), Millennium BCP, Banco Espírito Santo (BPI), BPI e
Santander Totta no final do ano passado. Segundo os relatórios e
contas relativos a 2010, os fundos de pensões dos cinco maiores bancos
nacionais têm um rácio de cobertura médio de 102%, o que significa que
dispõem de activos suficientes para cobrir as responsabilidades com as
pensões de reforma.

O que não se sabe é se daqui a alguns anos o Estado terá recursos para
pagar as pensões dos actuais e futuros pensionistas agora integrados
no sistema público, pois o encaixe recebido irá ser certamente
utilizado para "tapar o buraco" orçamental que parece não ter fundo e
não para criar provisões para o futuro.

No que se refere ao impacto desta medida nas contas públicas, sou da
opinião que esta estratégia deveria ter sido proíbida à bastante
tempo, já que a incorporação destes fundos de pensões no sistema
público não é uma verdadeira receita, porquanto o estado português
terá que assumir responsabilidades futuras no pagamento das pensões
dos funcionários bancários.

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