sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Metade dos investidores acredita que BCE vai imprimir dinheiro

Com a chegada em força da crise de dívida soberana a Itália e a Espanha, os responsáveis pelas estratégias de investimento dos maiores bancos mundiais começam a considerar cada vez mais provável que o BCE tenha de imprimir dinheiro para estancar a tempestade financeira. 49% dos 50 responsáveis inquiridos pela Reuters acredita que o BCE será forçado a optar pelo ‘quantitative easing' para responder à crise nos mercados de dívida. A maioria dos estrategas que acreditam nesta possibilidade considera provável que tal venha a acontecer em Março de 2012. No entanto, os últimos sinais vindos de Frankfurt não vêm nessa direcção. O BCE não tem elevado as compras de dívida no mercado secundário e o presidente Mario Draghi disse no início do mês que este programa é "temporário" e "limitado". Recorde-se que o BCE está, segundo o seu mandato, impedido de financiar os países do euro. Apesar disso são cada vez mais os economistas a defender que apenas o banco central poderá impedir uma catástrofe financeira na Europa. Uma das soluções que tem sido noticiada nos últimos dias é a possibilidade do BCE conceder empréstimos ao FMI que, por sua vez, abriria linhas de crédito aos países com dificuldade em se financiarem no mercado. Os economistas do RBC Capital Markets referiram num relatório a que o Económico teve acesso que esta solução "não seria um obstáculo à luz do artigo 23 dos estatutos do BCE, já que [o banco] pode ‘conduzir todos os tipos de transacções bancárias em relação a países terceiros e a organizações internacionais, incluindo operações de conceder e solicitar empréstimos". Apesar disto realçam que a ideia ainda é "teórica" e que provavelmente teria a oposição da Alemanha. A boa notícia é que 40 dos 50 inquiridos pela Reuters não acredita que existam mais resgates na zona euro semelhantes aos que aconteceram com a Grécia, Portugal e Irlanda

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