segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social

De acordo com o Jornal de Negócios o Fundo de Estabilização Financeira
da Segurança Social registou em Maio uma rentabilidade homóloga de
-7,41%. Acresce que as perdas potenciais seriam de 19,95% se fossem
vendidos os quase de 4,37 mil milhões que o fundo tem em títulos de
dívida portuguesa.
Não se trata de preconceito ideológico, mas é certo que a gestão das
pensões não tem sido realizada de uma forma eficaz ou mesmo
equitativa. O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social
foi criado com o objectivo de acomodar o impacto do envelhecimento da
população nas contas da Segurança Social. De facto, existe um
desajustamento entre o valor das pensões a pagar no futuro e o valor
presente das contribuições sociais.
Nos últimos meses, o referido fundo obedeceu a directrizes políticas
em vez de seguir critérios económicos ao colocar "demasiados ovos no
mesmo cesto", investindo em demasia em dívida pública portuguesa. A
diversificação dos investimentos para reduzir o risco idiossincrático
português teria atenuado estas perdas. Daí que se a gestão do Fundo de
Estabilização Financeira da Segurança Social fosse independente do
poder político teria reduzido a sua exposição à dívida pública
portuguesa durante o último ano e meio.
Será seguro colocar as nossas poupanças nas mãos dos políticos? Não
deveríamos ao invés optar por uma gestão menos discricionária e mais
focada numa lógica de capitalização em que os esforços individuais
fossem mais compensadores?

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