domingo, 12 de junho de 2011

A rotação dos gestores e o desempenho das empresas

Um estudo realizado por Jorge Farinha e Lúcia Costa (2009) para as empresas cotadas na bolsa portuguesa reporta uma relação negativa entre a rotação dos gestores e o desempenho passado das empresas. Os autores concluem que esses resultados são consistentes com a existência de mecanismos de disciplina sobre a gestão.
Os blockholders institucionais tendem a exercer uma monitorização mais determinada pelo desempenho bolsista das empresas, enquanto outros grandes accionistas (accionistas dominantes ou maioritários) parecem dispor de uma maior capacidade de influenciar a actuação dos gestores de forma mais contínua, embora estejam também associados a algum potencial de divergência de interesses face aos accionistas minoritários. Finalmente, a evidência encontrada favorece a hipótese de o compromisso de distribuição de dividendos funcionar como um mecanismo de alinhamento de interesses que substitui outras formas de monitorização. Os blockholders institucionais tendem a exercer uma monitorização mais determinada pelo desempenho bolsista das empresas, enquanto outros grandes accionistas (accionistas dominantes ou maioritários) parecem dispor de uma maior capacidade de influenciar a actuação dos gestores de forma mais contínua, embora estejam também associados algum potencial de divergência de interesses face aos accionistas minoritários. Finalmente, a evidência encontrada favorece a hipótese de o compromisso de distribuição de dividendos funcionar como um mecanismo de alinhamento de interesses que substitui outras formas de monitorização.

Ref.:

http://www.cmvm.pt/CMVM/Publicacoes/Cadernos/Documents/C33Art1l.pdf

A respeito deste artigo deixo somente uma questão. Não poderá ser a instabilidade na gestão ou mesmo da estrutura accionista a verdadeira razão pela rotação dos gestores?
Em Portugal é raro ver-se a demissão de conselhos de administração ou comissões executivas antes do fim do seu mandato. Por outro lado, a instabilidade accionista ou na gestão pode conduzir em simultâneo, à rotação dos gestores e ao mau desempenho.

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