segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Entregas de casas ao bancos aumentam 18%

No mês de Outubro foram entregues aos bancos 690 imóveis, por
incapacidade dos seus proprietários de continuarem a pagar as
prestações mensais das respectivas hipotecas. Este número coloca em
cerca de 5.200 os imóveis já "devolvidos" durante este ano, o que
representa um aumento de 17,7% face ao ano passado.

Este levantamento foi feito pela Associação dos Profissionais e
Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que considera
que "o resultado obtido é o pior deste ano e representa o corolário de
três meses consecutivos de agravamento deste fenómeno que, apesar de
continuar transversal ao território nacional, é hoje 17,7% superior ao
observado em igual período de 2010".

O arrefecimento do mercado imobiliário é uma das justificações
encontradas, uma vez que está a afectar particularmente os novos
projectos e empreendimentos, acrescenta a APEMIP. Isso faz com que
"parte significativa dos imóveis entregues em dação em pagamento
provêem destes agentes, em particular, em municípios como os de
Alcochete, Loulé, Ponta Delgada e Vila do Conde, em que esta realidade
representa, pelo menos, metade da totalidade dos imóveis em causa".

As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentram 46,4% das
ocorrências relativas a imóveis entregues em dação em pagamento (39,7%
em Outubro), sendo que dos dez municípios mais relevantes em termos
nacionais (que representa no seu conjunto 29,7% das observações
registadas desde o início do ano e 24,4% das apuradas em Outubro),
apenas três (Loulé, Ponta Delgada e Braga) não pertencem a estas duas
unidades territoriais.

Já o Porto representa 18,9% das dações em pagamento registadas em
termos nacionais em 2010 (21,1% considerando apenas Outubro.

Ainda de acordo com estimativas da associação, ao longo dos dez
primeiros meses de 2011, foram transaccionados entre 160.000 a 165.000
imóveis (tanto urbanos, como rústicos e mistos). em Outubro, as vendas
situaram-se entre 15.000 e os 15.600 negócios concretizados, o que
representou um crescimento mensal de 1,7% face a Setembro. Este
aumento, porém, foi "insuficiente para evitar que este mês tenha sido
um dos três piores deste ano (apenas melhor do que Abril e Setembro,
ambos com resultados abaixo das 15.000 transacções)", refere a análise
da APEMIP.

As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentram cerca de 31,8%
das transacções registadas em Portugal este ano (29,6% apenas em
Outubro), sendo que dos 10 municípios mais relevantes em termos
nacionais (que representam no seu conjunto mais de 20,1% das
transacções concretizadas desde o início do ano também 20,1% das
concretizadas em Agosto) apenas três (Braga, Coimbra e Leiria) não
pertencem a estas duas unidades territoriais.

Sem comentários:

Enviar um comentário