terça-feira, 8 de novembro de 2011

Conselhos obtidos ao balcão justificam maioria das escolhas de produtos bancários

«Dos portugueses inquiridos pelo Banco de Portugal só uma pequena
percentagem afirma que a escolha dos produtos bancários resultou da
comparação entre produtos de várias instituições financeiras.
"Questionados sobre as razões subjacentes à escolha dos produtos
bancários que possuem, 54% dos entrevistados apontam como factor de
escolha o conselho obtido ao balcão onde têm conta", revela o
Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa.

O conselho de familiares ou amigos é a razão apontada por 25% dos
inquiridos, sendo que "apenas 8% dos entrevistados mencionam a
comparação entre várias alternativas como factor determinante no
processo de escolha do produto bancário".

O aconselhamento junto de entidades especializadas é mencionado apenas
por 5% dos inquiridos, quase tanto como aquele que é conseguido na
Internet ou através da televisão, segundo o Banco de Portugal.»

J. de Negócios


Note-se que os funcionários dos balcões sofrem de um forte conflito de
interesses. O seu desempenho (os seus bónus e prémios) dependem dos
produtos subscritos pelos clientes. Assim, têm todo o interesse em
vender o máximo. Mais ainda, vão encaminhar os clientes para os
produtos que lhes proporcionam maiores bónus ou que lhes permitam
atingir mais objectivos comerciais, mesmo que não se adequem ao
cliente.
Mais problemático é quando esses funcionários vendem aos clientes
produtos bancários que nem eles próprios compreendem, o que acontece
mais frequentemente do que se pensa.

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