Ontem a CGD, hoje o BES emitiram dívida sénior (floating notes) a 3 anos com spreads 4,95% superiores à Euribor a 3 meses. Acresce que essa dívida foi emitida com garantias do estado português. Sem dúvida que se trata de um prémio de risco muito elevado e que certamente se vai repercutir sobre as taxas a praticar junto dos clientes. Mas será esta situação sustentável? Ou melhor, será sustentável durante quanto tempo?
Para responder a esta questão seria necessário saber a taxa de juro média paga neste tipo de empréstimos. Se o roll over da dívida continuar a ser realizado a taxas semenlhantes, tal vai-se reflectir nos custos financeiros dos bancos e na sua rendibilidade dos capitais, entrando-se num circulo vicioso...
Venda de activos, diversificação do funding e sobretudo, em minha opinião, pressão sobre o estado português para reaver empréstimos concedidos como acontece com empresas públicas, empresas municipais podem mitigar este efeito. Se o estado português recomprasse a sua dívida que está no balanço dos bancos seria uma grande ajuda, já que as garantias parecem ter um efeito residual.
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