Há cada vez mais inquilinos a renegociar o valor das rendas. A situação, já comum para escritórios e serviços, está agora a chegar às rendas de casa.
"Entre escritórios, ateliers, consultórios, cafés e lojas, os preços cobrados pelas rendas estão a baixar um pouco por todo o país. "Os senhorios estão receptivos porque há mais oferta [de espaços] do que procura", situa Luís Viana, presidente da Associação dos Profissionais de Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMI)".
O mesmo profissional explica que "para o senhorio é um acto de inteligência renegociar a renda com um inquilino cumpridor, até porque, se ele sair, o mais certo é que o proprietário não consiga arrendar pelo mesmo valor", refere ainda aquele diário.
A situação começa a estender-se à habitação particular, setor em que "o que tem aumentado mais são as situações de incumprimento no pagamento. "Os inquilinos que deixam de pagar a renda ao senhorio são incomparavelmente mais do que os que tentam a renegociação", adianta Menezes Leitão, da Associação Lisbonense de Proprietários. Isto também acontece porque, como demonstrou um estudo recente da APEMI, "mais de 50% das pessoas que alugaram casa em 2001 aceitaram rendas acima das suas possibilidades", como recorda Luís Viana, presidente daquela associação".
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