Valência com uma intervenção de mil milhões de euros que expõe uma das
maiores fragilidades da economia espanhola: o desconhecimento da
verdadeira situação da banca perante a necessidade urgente de a
recapitalizar. O Banco de Valência representa apenas 0,74% do sistema
financeiro espanhol mas é a quarta entidade financeira espanhola a ser
ocupada pelo sector público, depois da Caja Castilla La Mancha (2009),
Cajasur (2010) e CAM (2011). Outras três Cajas - a Unnim, a
NovaCaixaGalicia e a CatalunyaCaixa - foram também nacionalizadas mas
mantiveram os seus gestores. As intervenções foram conduzidas pelo
Banco de Espanha, liderado por Miguel Ordoñez, através de um
instrumento especial para ajudar a banca a digerir a crise: o Fundo de
Reestruturação Bancária (FROB).
Em Espanha, a crise tem aqui um contorno bem diferente da situação
portuguesa. A explosão da bolha no sector da habitação, obrigando a
uma desvalorização brutal dos activos imobiliários, veio provocar um
desfalque enorme nos balanços dos bancos, que procuram sobreviver
escondendo a sua exposição.
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