malparado em Portugal em 2013, uma situação que se deve agravar já na
segunda metade de 2011 e manter-se em deterioração até daqui a dois
anos.
«É esperada a continuação da contracção dos empréstimos e os créditos
de cobrança duvidosa devem aumentar devido a uma economia
enfraquecida, que está em si própria altamente endividada», escreveu a
agência de notação financeira num relatório acerca das perspectivas do
sector bancário português para 2012.
A Fitch disse esperar um agravamento do crédito malparado face aos
empréstimos totais concedidos na segunda metade de 2011, com um pico a
ter lugar em 2013, mais especificamente nos sectores das pequenas e
médias empresas, na construção e no imobiliário.
Ainda assim, a agência lembrou que os maiores bancos nacionais
mostraram «apenas uma deterioração modesta nos indicadores de
qualidade no primeiro semestre de 2011, apesar do aprofundamento da
recessão em Portugal e do processo de desalavancagem».
«Os créditos de cobrança duvidosa no retalho também aumentaram [na
primeira metade de 2011], mas dada a sua granularidade, o impacto nos
níveis de crédito de cobrança duvidosa foi menos grave. Numa nota
positiva, a ausência de um «boom» económico e de imobiliário durante a
pré-crise em Portugal preveniu uma rápida deterioração da qualidade
dos bens dos bancos», referiu a Fitch.
A agência de notação afirmou que estima que o rácio entre créditos de
cobrança duvidosa e o total pode até vir a duplicar para a maior parte
dos bancos.
Sem comentários:
Enviar um comentário