ser penalizadas nos rácios de capital. Esta medida entra em vigor a 1
de Novembro.
O Banco de Portugal vai travar a escalada dos juros nos depósitos a
prazo. Aprovou hoje medidas nesse sentido, que passam por obrigar a
uma dedução aos fundos próprios dos bancos que pratiquem taxas que
superem em 300 pontos base os juros do mercado.
Passou a estar prevista "uma dedução aos fundos próprios que relevam
para o cômputo do rácio 'core Tier 1', em relação com os depósitos
contratados com taxa de remuneração acima de um dado limiar", refere o
regulador.
As instituições financeiras que praticarem juros acima da "taxa de
mercado monetário interbancário da moeda adicionado de um 'spread' de
300 pontos base" vão ser penalizados, de acordo com o Banco de
Portugal.
"O montante a deduzir a fundos próprios será calculado em função do
montante dos depósitos" com remuneração acima deste limiar, "dos
respectivos prazos e do diferencial da taxa de remuneração face a esse
limiar", sublinha.
O Banco de Portugal diz que "esta nova disposição abrange as
instituições de crédito sedeadas em Portugal autorizadas a captar
depósitos, bem como as sucursais", incidindo sobre operações de
"depósito realizadas ou renovadas a partir de 1 de Novembro".
Com esta medida, o regulador quer travar a subida das taxas. "Ao longo
dos últimos meses tem-se verificado uma subida progressiva das taxas
de remuneração oferecidas pelos bancos na captação de depósitos",
refere o regulador em comunicado.
"Por entender que esse movimento das taxas dos depósitos envolve
riscos acrescidos para as instituições e, em última instância, para o
conjunto do sistema financeiro", Carlos Costa avançou com esta
penalização, que incide sobre os rácios de capital.
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