Em teoria estas empresas divulgam somente OPINIÕES acerca da qualidade creditícia de certos emitentes\clientes. Porém, o seu poder\influência decorre também de regras e regulamentos que condicionam a política de investimento de institucionais.
Com efeito, parte do seu poder deriva de regras e regulamentos que condicionam a politica de investimento de fundos de investimento, fundos de pensões, composição de carteiras de bancos e seguradoras - regras de basileia e solvência. A maioria das carteira de dívida têm limites máximos ou mesmo restricções ao investimento em activos que apresentam ratings medíocres.
Ao atribuir a categoria de lixo à dívida portuguesa está-se a dizer aos gestores de carteira que têm de se desfazer das posições em dívida portuguesa pois trata-se de um investimento especulativo ou pouco seguro. Mesmo que a sua opinião seja contrária.
Não seria útil encontrar um sistema alternativo ao das notações da agências de rating para fixar estes limites?
Será que vamos assistir a um desinvestimento em dívida portuguesa dos fundos de investimento nacionais e PPR que têm na sua política de investimento a aquisição de dívida com ratings elevados?
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